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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Maceió: alguns motivos para você odiar ou amar.



- Shows: os mais esperados do ano são os de axé, pagode, forró ou swingueira (e seus derivados: samba, swinga e requebra Maceió). Se você curte MPB, Rock (digo o nacional, por que internacional é sonhar um pouco demais, hehe) ou mesmo o Funk, vai ter de se conformar e ouvir em mp3, pois são bem escassos por aqui. P.S. : A galera do reggae 'vezenquando' movimenta a cidade.

- Filmes: Nem se fala, é raro um realmente interessante estar em cartaz nas salas de cinema mais conhecidas (shoppings), a não ser que você curta desenho animado (a era do gelo 3, por exemplo) ou filmes em série (como homem aranha, harry potter e x-man). Pra quem quer ver algo mais interessante, a saída é o Cine Sesi, ou baixar da internet, embora demore um pouco mais, pq internet é outra coisa complicada por aqui.

- Livros: Livrarias também são poucas. Didático dá até pra encontrar rodando um pouco. Caso falte algum, da pra fazer pedido na editora, mas se forem para sua leitura, siga o meu conselho e evite o stress, só saia de casa se não tiver computador e for direto para uma lan-house: peça seus livros pelo correio!

- Transporte Público: Tudo normal dentro da anormalidade de sempre. Ônibus pichados, carregando mais gente que a capacidade suportada, o que obriga as pessoas a se espremerem la dentro até chegar a seus destinos, além da demora que existe em alguns locais. Em suma, há uma necessidade explícita acima de mais transportes.

- Faculdades: As particulares são muitas e continuam multiplicando-se. Há, pelo menos, um curso de direito em cada bairro. Para quem faz uma Federal, a alegria ao passar é tão intensa quanto a de sair. Afinal, depois de alguns anos enfrentando um ônibus nas condições citadas acima e estudando em blocos que em sua maioria não possuem estrutura / professores / equipamentos / projetos, não há masoquista que aguente.
- Hospitais: Na rede pública a fila está tão grande que já existem cirurgias marcadas para 2010. Traduzindo, tenha plano de saúde, e não raro você ainda estará reclamando dos serviços.

- Shopping as sextas: é definitivamente o dia em que jovens de 12 a 18 anos resolvem ir ao Iguatemi. Caso você já tenha passado dessa idade ou não goste de barulho é uma boa evitar o segundo piso. Isso por que eles não vão lá pra ir ao cinema, olhar as lojas ou sentar pra bater papo, simplesmente se espalham de um extremo ao outro, falando alto, dificultando a passagem, e até arrumando confusão.

- Centro: Falando em shopping, tinha que falar no centro. Conhecido como o local mais popular para fazer compras, onde os preços são mais acessíveis, o centro as vezes é caótico. Muita sujeira, reformas que demoram pra acabar, que por vezes dificultam e reduzem o espaço pra se locomover, além das lojas antigas que vão fechando e sendo pichadas. Sem esquecer, claro, dos estacionamentos improvisados em galpões abandonados, cujos donos sempre acham que cabem mais carros que o espaço real.

E pra não dizer que não falei das flores...

- Paisagens: Mesmo com o descaso de alguns governantes que passam, Maceió continua linda, cheia de pontos para se contemplar, parece ser esculpida entre coqueiros, mangue, praias, cuja cor do mar ora está verde, ora azul, além do sol, que os acompanha quase o ano inteiro.

- Pessoas: Apesar de uma parcela que resolveu entrar na política e se corromper, aqui ainda é terra de gente simples, honesta, trabalhadora e hospitaleira. 

- Eu até queria pôr o futebol aqui no meio. Mas observando nossos rivais CSA e CRB, percebi que eles não andam lá muito bem das pernas, então prefiro não comentar. A não ser parabenizar o ASA, cria aqui de perto, Arapiraca, pela entrada na série B.

- Gastronomia: O cardápio é tão variado quanto saboroso. É o acarajé tão bom quanto o da Bahia, a tapioca, os frutos do mar, mariscos, moluscos e lagostas, as tradicionais peixadas com pirão regadas com pimenta e leite de coco, o churrasquinho, a carne de sol, cuscuz de milho, canjica e pamonha, além das frutas, que em maioria são transformadas em sucos, sorvetes e doces. Também batidas, coquetéis e claro, a água de coco, doce e geladinha.

- Artesanato: Os artesãos locais fazem trabalhos muito bonitos, embora pouco recompensados. Seja transformando simples pedaços de pano em peças únicas, com bordados, ponto cruz, filé, entre outros. Além da arte em madeira, com conchinhas do mar, e tudo o mais o que a criatividade permitir. Vale acrescentar que não só os artesãos, mas os artistas plásticos, poetas e escritores, pois cada um, a sua maneira, traz uma contribuição para a cidade. Aqui, sem dúvida, é terra de gente que tem talento, mas que precisa ter mais incentivo para mostrá-la.

- Contadores de história: Quem nunca ouviu a história da galega do banheiro? ou da fulôsinha? da butija da meia-noite e até mesmo da mulher da capa preta? aquela que ganhou uma homenagem num cemitério, tendo uma capa sido construida em cima de um túmulo. Pois é, não sei se deu pra perceber, mas por aqui não falta quem as conte, cada um com sua maneira de acrescentar detalhes, traços e formas, fazendo assim com que elas perpetuem-se e cada vez mais sejam conhecidas pelas gerações posteriores.

2 comentários:

  1. Eu gosto tanto daqui que adorei a parte em que você "ressalta" os defeitos da cidade e de nossa tão amada universidade...
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Muito legal o post, Téff!!!!!!!!!!!!!!!

    Já tô te seguindo!!!!

    =D

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  2. isso dava um ótimo guia turistico :D

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